Por: Soraia Guimarães

Na Biofilia e sua  beleza, sabemos que o amor à vida e à natureza é inato ao ser humano, que precisa dela para viver com saúde e bem estar.

O Design Biofílico vem trazer esta possibilidade para dentro dos nossos lares, edificações e entorno.

Diz Stephen Kellert, ecologista americano e pioneiro nesta abordagem, que o design biofílico é “a necessidade de manter, melhorar e restaurar a experiência benéfica da natureza no ambiente construído”.

E que: “O design biofílico não pretende deixar nossas construções mais verdes ou aumentar seu apelo estético simplesmente colocando nelas mais árvores e arbustos. Mais do que isso, trata-se de encontrar o lugar do homem na natureza e o lugar do mundo na sociedade humana…”.

“Toda infância deve ser verde”, junto à natureza, mostra um estudo da Universidade de Aarhus, na Dinamarca (2019), que comprova que as crianças que tem contato frequente com a natureza apresentam 55% menos risco à saúde mental, assim como maior sociabilidade e desenvolvimento físico e cognitivo.

Em Londres, quando solicitadas a desenhar seu local favorito, 96% das crianças mostraram locais de natureza.

O ambiente construído deve ser um instrumento para melhorar a saúde física, psíquica e emocional das pessoas, promovendo bem estar, felicidade e longevidade.

Entre as diversas técnicas que o design biofílico nos trás, cito o incentivo de soluções arquitetônicas de contribuição mútua e integradas à natureza, que pode ser realizada através de estratégias de aproximação e reconexão ao mundo natural, como a presença da luz do sol na edificação, da brisa, flora e fauna locais, paisagens, uso de materiais e cores naturais, formas sinuosas, mobilidade,  biomimética (reprodução da natureza) etc.

E na minha opinião, a mais interessante delas é a experiência multisensorial, com os 5 sentidos, em que a conexão se estabelece pela visão (paisagem), tato (toque nas plantas, na terra), olfato (perfume das flores, da chuva), audição (som da água), paladar (horta local) e sensação (vento no rosto), todas contribuindo para o equilíbrio, prazer, conforto, satisfação e saúde das pessoas ali presentes.

A NATUREZA VIVE SEM NÓS,

MAS NÓS NÃO PODEMOS VIVER SEM ELA.

Venho agora estimular você através de algumas questões.

Quais são as primeiras respostas que lhe surgem?

  • Quando você busca por  calma e tranquilidade, que local lhe vem à mente?
  • Que lugar escolheria para passar as férias, se quisesse relaxar?
  • Como seria a casa dos seus sonhos?

As suas respostas lhe mostram o seu caminho.

Boa jornada!

Por: SORAIA GUIMARÃES

Arquiteta urbanista e consultora de ambientes.

Obs.: Artigo cedido pelo autor, para publicação no Instituto Amadurecer.